Foto: Renan Matos (Diário)
Coletivos como o Ketyjung Tegtu & Guaviraty Porã promovem a inserção de grupos, ajudam a preservar culturas e a integrar técnicas tradicionais com o conhecimento científico
Em dezembro do ano passado, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), aprovou uma nova política extensão, com o objetivo de intensificar, a partir deste ano, as ações junto à comunidade. Uma das ferramentas da Pró-Reitoria de Extensão (PRE) é a Incubadora Social, que, hoje, conta com nove grupos.
A Incubadora Social da UFSM tem o objetivo de contribuir com a geração de trabalho e de renda para grupos em situação de vulnerabilidade social e em processo de organização solidária. Os grupos são selecionados por meio de edital público.
O projeto piloto existe desde 2012. A partir de 2016, a iniciativa foi institucionalizada e passou a ser vinculada à PRE.
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OS GRUPOS
Um dos projetos da Incubadora Social é o Ará Dudu - Coletivo de Arte e Cultura Negra. O grupo executa ações relacionadas aos trabalhos culturais desenvolvidos por artistas negros, como confecção de roupas e objetos da cultura afro, realização de espetáculos, oficinas, seminários, além de diversas atividades que promovem a igualdade e o combate à xenofobia e à intolerância.
Outra iniciativa é o Coletivo de Resistência Artística Periférica (Corap), que desenvolve ações baseadas nos cinco elementos da cultura hip-hop: grafite, break, MC, DJ e conhecimento. As ações ocorrem em praças e escolas, incentivando a arte periférica.
Já as Marias Bonitas Fazendo História são um coletivo que busca alternativas de sustentabilidade para mulheres de baixa renda. Conta com a atuação de mulheres do Bairro Urlândia e promove cursos de capacitação e de oficinas sobre economia solidária, cooperativismo e empreendedorismo feminino.
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O grupo Nível 8 - Mulheres na Construção Civil reúne mulheres trabalhadoras da construção civil que pretendem formalizar seu trabalho. O objetivo é constituir um empreendimento próprio das mulheres que trabalham nesse setor.
Outro projeto é o da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis Palmeira Verde, um grupo formado por mais de 40 pessoas que busca promover mudanças nos hábitos e atitudes das pessoas com relação à reutilização ou reciclagem de materiais, gerando renda e promovendo a sustentabilidade socioambiental.
O Ketyjung Tegtu & Guaviraty Porã é composto pelas duas aldeias indígenas da cidade, a caingangue e a Guarani Mbya. Promove o desenvolvimento de ações relacionadas ao plantio, manejo, recuperação e manutenção das técnicas indígenas tradicionais, além de técnicas agroecológicas de cultivo de plantas utilizadas nas produções culturais e artísticas e na alimentação.
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Já o Grupo de Agricultores Orgânicos da Região Central desenvolve atividades formativas em agricultura orgânica para agricultores. Busca viabilizar a produção e a comercialização de alimentos orgânicos.
A Associação Comunitária Remanescentes de Quilombo Júlio Borges promove a qualificação e a diversificação das atividades tradicionais da comunidade quilombola em redes de economia solidária e mercados institucionais.
O nono projeto é o da Associação Quilombola Linha Fão, que busca diversificar as atividades produtivas e incrementar a renda das famílias. A proposta está baseada na instalação de estufas e capacitações técnicas.